Aluízio Alves (à direita na foto) nasceu em Angicos
no dia 11 de agosto de 1921. Filho de Manuel
Alves Filho e Maria Fernandes Alves. Advogado com
Bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de Maceió com
especialização em Serviço Social, voltou-se às atividades jornalísticas após a
graduação: primeiro como funcionário dos jornais A Razão e A
República, ambos em Natal tendo se dirigido em 1949 ao Rio de Janeiro onde foi redator-chefe
da Tribuna da Imprensa, que pertencia a Carlos
Lacerda. De volta ao seu estado natal no ano seguinte, fundou e
dirigiu a Tribuna do Norte. Ainda no
ramo de comunicação foi diretor da Rádio Cabugi, da TV Cabugi
e da Rádio Difusora de Mossoró.
Antes foi Oficial de Gabinete da Interventoria potiguar, chefe do Serviço
Estadual de Reeducação e Assistência Social (SERAS) e diretor estadual da Legião Brasileira de Assistência.
Sua vocação
política surgiu em consequência das suas atividades profissionais e a estreia
se deu sob as bênçãos de José Augusto Bezerra de Medeiros e Dinarte Mariz,
líder-mor da UDN potiguar e assim Aluísio Alves foi eleito deputado
federal em 1945 e participou da
Assembleia Nacional Constituinte que promulgaria a nova Constituição em 18 de
setembro de 1946. Reeleito em 1950, 1954 e 1958, chegou aos postos de
secretário-geral da UDN e vice-líder da bancada. Figura de proa na eleição de
Mariz para o governo do estado em 1955, rompeu com seu
aliado em face de um episódio onde o governador recém-eleito ignorou uma série
de ações de governo que foram reunidas por Aluísio Alves num extenso documento.
Irritado, afastou-se politicamente de seu mentor e ingressou no PSD e foi eleito
governador em 1960 para o desgosto
de Dinarte Mariz. A animosidade entre os dois líderes tornou-se cada dia mais
férrea e com o advento do Regime Militar de 1964 foi Mariz quem
retomou o comando da cena política, o que não impediu, contudo, o ingresso de
Aluísio Alves na ARENA e a conquista de seu quinto
mandato de deputado federal em 1966 após Mariz vetar
sua candidatura a senador. No ano anterior Aluísio
Alves derrotara o grupo de Dinarte Mariz ao eleger o monsenhor Valfredo Gurgel para governador.
Veio então o
revés em 7 de fevereiro de 1969, quando teve seu
mandato cassado pelo AI-5 sob a acusação
de corrupção sendo indiciado em um processo que foi arquivado em fevereiro de 1973. Mesmo sem poder
atuar diretamente na política usou sua experiência e se manteve influente ao
levar seus correligionários para o MDB em 1970 e ademais sua
condição de empresário permitiu que mantivesse boas relações com os arenistas,
à exceção de Dinarte Mariz. Executivo da União das Empresas Brasileiras,
expandiu suas atividades para além da área de comunicação e tão logo foi
restaurado o pluripartidarismo ingressou no PP e a seguir no PMDB sendo derrotado
na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte em 1982 por José Agripino Maia do PDS.
Entusiasta da
candidatura vitoriosa de Tancredo Neves à
Presidência da República foi indicado Ministro da Administração pelo presidente
eleito sendo confirmado no cargo por José Sarney e
permaneceu à frente desse ministério entre 15 de março de 1985 e 15 de fevereiro de 1989 e durante a sua
gestão foi criada a Escola Nacional de Administração
Pública (ENAP). Em 1990 foi eleito para
o sexto mandato de deputado federal, cargo do qual esteve licenciado durante o
governo Itamar Franco quando foi Ministro da
Integração Regional entre 8 de abril de 1994 e 1º de janeiro de 1995. Como Ministro da
Integração, Aluísio retomou o projeto de transposição do Rio São Francisco.
Aluísio Alves
faleceu em Natal no dia 6 de maio de 2006 vítima de isquemia
cerebral. Foi durante seu governo (1961 – 1966) que houve a
emancipação política de Carnaubais, mediante o prestígio por ele outorgado ao
deputado estadual Olavo Lacerda Montenegro (à esquerda na foto), o autor da lei emancipatória.
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