quinta-feira, 14 de maio de 2015

SOBRE O ENGENHO DE RAPADURA

Breve histórico da rapadura
A fabricação da rapadura teve início no século XVI, nas Canárias, ilhas espanholas do Oceano Atlântico. O produto foi exportado para toda a América espanhola no século XVII, época de grande expansão açucareira.
A rapadura originou-se da raspagem das camadas (crostas) de açúcar que ficavam presas às paredes dos tachos utilizados para fabricação de açúcar. O mel resultante era aquecido e colocado em formas semelhante às de tijolos.
No Brasil, os engenhos de rapadura existem desde o século XVII, ou talvez antes. Há registro da fabricação de rapadura, em 1633, na região do Cariri, Ceará.
Comentário

Em Santa Luzia (Carnaubais), o engenho de rapadura veio a existir somente no início do século XX, mais exatamente em 1926, através da iniciativa de Abel Alberto da Fonseca.

Como eram os engenhos

Os engenhos de rapadura eram pequenos e rudimentares. Possuíam apenas a moenda, a fábrica, onde ficavam as fornalhas, e as plantações de cana que, normalmente, dividiam o espaço com outros tipos de cultura de subsistência.
No início, as moendas eram de madeira, movidas a água (onde havia abundância do líquido) ou tração animal (cavalos e bois). No século XIX, surgiram as moendas de ferro, usando-se ainda o mesmo tipo de tração. Depois os engenhos evoluíram passando a ser movidos a vapor, óleo diesel e finalmente a eletricidade.
Comentário

O engenho de Abel não era diferente desse tipo tão comum espalhado por outras cidades e localidades do Brasil. Ele era provavelmente de madeira e movido por tração animal, que era a forma mais comum dos engenhos de nossa região.

O caráter da produção

Por ter um mercado reduzido, em comparação com o do açúcar, a produção tinha um caráter regional, não sendo necessária a sofisticação exigida para fabricar o açúcar que era exportado. Até hoje produz-se rapadura no Brasil com métodos e técnicas rudimentares. Não houve a introdução de inovações no processo produtivo nem diversificação de produtos. A grande maioria dos engenhos continua produzindo rapadura em tabletes de 400g a 500g que são comercializados nas regiões próximas das áreas produtoras.

Comentário

Apesar da rapadura ainda fazer parte da culinária carnaubaense, não existe hoje em dia nenhum engenho que fabrique esse tipo de doce em nossa cidade.

A baixo, temos um vídeo mostrando como acontece a produção da rapadura em um engenho semelhante ao do tempo de Abel.




Fonte: O texto sobre rapadura está disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br. Acesso em: 14 mai. 2015. Os comentários foram feitos pelo blog.

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