Breve histórico da rapadura
A fabricação da rapadura
teve início no século XVI, nas Canárias, ilhas espanholas do Oceano Atlântico.
O produto foi exportado para toda a América espanhola no século XVII, época de
grande expansão açucareira.
A rapadura originou-se da
raspagem das camadas (crostas) de açúcar que ficavam presas às paredes dos
tachos utilizados para fabricação de açúcar. O mel resultante era aquecido e
colocado em formas semelhante às de tijolos.
No Brasil, os engenhos de
rapadura existem desde o século XVII, ou talvez antes. Há registro da
fabricação de rapadura, em 1633, na região do Cariri, Ceará.
Comentário
Em Santa Luzia
(Carnaubais), o engenho de rapadura veio a existir somente no início do século
XX, mais exatamente em 1926, através da iniciativa de Abel Alberto da Fonseca.
Como eram os engenhos
Os engenhos de rapadura eram
pequenos e rudimentares. Possuíam apenas a moenda, a fábrica, onde ficavam as
fornalhas, e as plantações de cana que, normalmente, dividiam o espaço com
outros tipos de cultura de subsistência.
No início, as moendas eram
de madeira, movidas a água (onde havia abundância do líquido) ou tração animal
(cavalos e bois). No século XIX, surgiram as moendas de ferro, usando-se ainda
o mesmo tipo de tração. Depois os engenhos evoluíram passando a ser movidos a
vapor, óleo diesel e finalmente a eletricidade.
Comentário
O engenho de Abel não era
diferente desse tipo tão comum espalhado por outras cidades e localidades do
Brasil. Ele era provavelmente de madeira e movido por tração animal, que era a
forma mais comum dos engenhos de nossa região.
O caráter da produção
Por ter um mercado reduzido, em
comparação com o do açúcar, a produção tinha um caráter regional, não sendo
necessária a sofisticação exigida para fabricar o açúcar que era exportado. Até
hoje produz-se rapadura no Brasil com métodos e técnicas rudimentares. Não
houve a introdução de inovações no processo produtivo nem diversificação de
produtos. A grande maioria dos engenhos continua produzindo rapadura em
tabletes de 400g a 500g que são comercializados nas regiões próximas das áreas
produtoras.
Comentário
Apesar da rapadura ainda fazer
parte da culinária carnaubaense, não existe hoje em dia nenhum engenho que
fabrique esse tipo de doce em nossa cidade.
A baixo, temos um vídeo
mostrando como acontece a produção da rapadura em um engenho semelhante ao do tempo de Abel.
Fonte: O texto sobre rapadura está disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br. Acesso em: 14 mai. 2015. Os comentários foram feitos pelo blog.
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