sexta-feira, 27 de novembro de 2015

A SÉTIMA ELEIÇÃO MUNICIPAL DE CARNAUBAIS

No dia 03 de outubro de 1992 aconteceu a sétima eleição municipal de Carnaubais. Houve dois candidatos. Pela situação, com o apoio do então prefeito Nelson Gregório, apresentou-se como candidato a prefeito, o médico Zenildo Batista de Souza, que tinha como candidato a vice José Nazareno do Nascimento. E pela oposição, apresentou-se como candidata a prefeita Marlice Campielo, a esposa do ex-candidato Tanemberg Barreto, que tinha como candidata a vice Mariazinha.


A chapa apoiada pela situação foi a vencedora. Zenildo Batista de Souza (na foto à esquerda) e José Nazareno do Nascimento foram empossados no dia 1º de janeiro de 1993 e governaram Carnaubais até o dia 31 de dezembro de 1996. Zenildo Batista foi o oitavo prefeito de Carnaubais, o sétimo a ser eleito pelo povo carnaubaense e o quarto a exercer seu mandato na cidade nova.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

NOTA HISTÓRICA: EM CARNAUBAIS SÉTIMA GESTÃO MUNICIPAL, NO BRASIL PRIMEIRO PRESIDENTE AFASTADO

No período em que Carnaubais vivia a gestão do sétimo prefeito, Nelson Gregório Bezerra, o Brasil vivia o turbulento período do governo Collor. No primeiro e no último ano da gestão de Nelson em Carnaubais, o país vivenciava dois importantes marcos na sua história política.

Nelson Gregório assumiu o executivo carnaubaense em 1º de janeiro de 1989. No final deste mesmo ano, em 15 de novembro, aconteceram as eleições presidenciais no Brasil. Naquele momento, a escolha do presidente se deu de forma direta, algo que não acontecia no Brasil desde 1960, devido ao regime militar, que havia instituída as eleições indiretas para presidente.

A eleição de 1989 foi a 25ª eleição presidencial do Brasil e contou com um total de 22 candidatos. Foram para o segundo turno, que aconteceu em 17 de dezembro, os candidatos Fernando Collor de Melo e Luiz Inácio Lula da Silva. O primeiro saiu vitorioso e assumiu a presidência da República no dia 15 de março de 1990, como o primeiro presidente eleito pelo povo depois da abertura política que ocorreu após o regime militar.

A vitória de Collor esteve ligada a forte campanha desenvolvida em trono de sua imagem. Mas como presidente, ele não teria o mesmo sucesso que foi sua campanha eleitoral. Com o objetivo de controlar os elevados índices inflacionários, o presidente tomou uma série de medidas que faziam parte dos chamados Plano Collor, Plano Collor II e Plano Macílio, que promoveriam, entre outras coisas, as primeiras privatizações do Pós-Ditadura e o confisco dos bens que os brasileiros tinham em poupança para o uso do Estado. Essas ações trouxeram grandes insatisfações à população brasileira. A situação piorou quando Pedro Collor de Melo, irmão de Fernando Collor, denunciou o presidente por corrupção e desvio de dinheiro público.

As acusações geraram uma investigação que comprovou os atos ilegais do presidente e o aproveitamento do dinheiro que teria sido confiscado da poupança dos brasileiros, culminando com o primeiro processo de impeachment do Brasil. Fernando Collor de Mello chegou a renunciar no final do ano de 1992 para não perder seus direitos políticos, mas o Congresso já havia votado pela sua deposição. Coube a Itamar Franco, seu vice, assumir a presidência e concluir o mandato, enquanto Fernando Collor de Mello estaria afastado da carreira política por alguns anos.


Em 29 de dezembro de 1992, o presidente Fernando Collor de Melo foi afastado do cargo de chefe do executivo nacional, entrando para a história política do Brasil como o 1º presidente a sofrer um impeachment. Isso aconteceu faltando apenas 2 dias antes de Nelson Gregório Bezerra concluir o seu primeiro mandato de prefeito de Carnaubais.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

NOTA HISTÓRICA: A SEXTA ELEIÇÃO DE CARNAUBAIS E A SÉTIMA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL

Enquanto Carnaubais vivia sua sexta eleição municipal em 1988, o Brasil recebia a sua sétima constituição federal desde sua independência. Em 15 de novembro de 1988, o povo de Carnaubais foi as urnas para eleger o seu sétimo prefeito. O candidato eleito foi Nelson Gregório Bezerra. Ele foi eleito exatamente um mês e dez dias após a promulgação da constituição de 1988.


A constituição de 1988 é a atual carta magna da República Federativa do Brasil. Foi elaborada no espaço de 20 meses por 558 constituintes (na foto à direita) entre deputados e senadores à época, e trata-se da sétima na história do país desde sua independência. Promulgada no dia 5 de outubro de 1988 (na foto à esquerda, o presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães erguendo a nova constituição brasileira) ganhou quase que imediatamente o apelido de constituição cidadã, por ser considerada a mais completa entre as constituições brasileiras, com destaque para os vários aspectos que garantem o acesso à cidadania.

A SEXTA ELEIÇÃO MUNICIPAL DE CARNAUBAIS

A sexta eleição municipal de Carnaubais aconteceu no dia 15 de novembro de 1988. Foi uma eleição com quatro candidatos. O então prefeito Giovani Wanderley, lançou pelo PFL os candidatos Nelson Gregório Bezerra e Francisco Gomes de Souza para os cargos de prefeito e vice, respectivamente. Pela oposição, houve três candidaturas: Tanemberg Barreto e José Nazareno do Nascimento, pelo PMDB, o ex-prefeito Valdeci Medeiros de Moura e Edna, pelo PL e Aluízio Lacerda e Gutemberg Carneiro, numa coligação entre PDT e PT.


A chapa formada por Nelson Gregório e Francisco Gomes foi a vitoriosa. Eles assumiram a prefeitura no dia 1º de Janeiro de 1989 e governaram até 31 de Dezembro de 1992. Nelson Gregório foi o sétimo prefeito de Carnaubais, o sexto eleito e o terceiro que governou na cidade nova.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

HINO DO MUNICÍPIO DE CARNAUBAIS

O Hino de Carnaubais foi criado por Cristóvão Dantas (à esquerda na foto) e João Marcolino de Vasconcelos, conhecido como Lou (à direita na foto). O primeiro foi o autor da melodia e o segundo foi o autor da letra.
O hino foi oficializado em 18 de setembro de 1983, na época do vigésimo aniversário de emancipação política, através do Projeto de Lei 05/83, do então vereador Aluízio Lacerda.
A canção exalta as riquezas naturais da cidade e o amor e orgulho do seu povo por sua terra e sua história. Abaixo, temos a letra do hino:

Bafejada pela brisa do oceano
Teu passado é de lutas e de glória.
Carnaubais o teu povo feliz e ufano
Sente orgulho em contar sua história (bis).

Do Rio Grande do Norte
És tu um torrão acolhedor.
E para seres mais forte
Não faltará nosso amor (bis).

Deste vale ubérrimo promissor
Tu és uma perola engastada.
E que seja na alegria ou na dor
Tu serás nossa terra sempre amada (bis).

Do Rio Grande do Norte És tu um torrão acolhedor.
E para seres mais forte Não faltará nosso amor (bis).

Este teu palmeiral verdejante,
Do teu solo expressa a pujança.
E o astro rei que o cobre irradiante
É uma mensagem de paz e de esperança (bis).

Do Rio Grande do Norte
És tu um torrão acolhedor.
E para seres mais forte

Não faltará nosso amor (bis).

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A BANDEIRA DE CARNAUBAIS

Por ocasião do vigésimo aniversário de emancipação política de Carnaubais, foi criada a bandeira do município (à esquerda), através do Projeto de Lei Nº 05/83, do então vereador Aluízio Lacerda (na foto à direita).

Aluízio havia solicitado da Secretaria de Educação que enviasse para a Câmara dos Vereadores o modelo da bandeira do município para que o projeto de lei oficializasse a flâmula municipal. Mas como ela não foi encontrada, uma outra foi criada e oficializada naquele momento.

A antiga bandeira de Carnaubais, além das cores verde, branco e amarelo, tinha o brasão do município, mostrando as riquezas que a cidade tinha naquela época: as carnaubeiras, árvore que deu nome a cidade e cuja extração era o ganho de muitos, as pirâmides de sal, pois na época, Porto do Mangue que era produtor de sal, era uma comunidade de Carnaubais, o moinho de irrigação, representando a agricultura que era bem forte em nosso município e uma jangada.


Atualmente, a cidade possui uma nova flâmula. O que mudou, na verdade, foi apenas o brasão, que passou a exibir outros elementos. Mas em outras postagens será falado sobre esse assunto e explicado o motivo da mudança.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

NOTA HISTÓRICA: REORGANIZAÇÃO GEOGRÁFICA DE CARNAUBAIS E REORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL

Na segunda metade dos anos 1970 e durante toda a década de 1980, enquanto a cidade de Carnaubais vivia a sua reorganização geográfica devido aos prejuízos causados pela enchente de 1974, o Brasil vivia a sua reorganização política diante do regime militar.

A antiga sede do município de Carnaubais foi totalmente alagada pela cheia que aconteceu em 1974. Por causa disso, o governo e a população local decidiram construir a nova sede na parte mais alta do território. Esse processo começou aos poucos em 1975, mais efetivamente em 1977 e continuaria por toda a década de 1980, com a construção da nova prefeitura, do novo mercado, da nova praça, das novas casas, das novas ruas e assim por diante.

Enquanto isso, o Brasil vivia sua abertura política, processo de desestabilização do Regime Militar, iniciado justamente em 1974, durante o governo do general Ernesto Geisel e que terminaria em 1985, no governo do presidente João Batista Figueiredo, quando a ditadura militar foi extinta. Assim, com o restabelecimento do pluripartidarismo em 1979, com a campanha das Diretas Já, movimento que teve início em 1983, mas que foi mais forte em 1984, no qual o povo foi para as ruas das grandes capitais, exigindo mudança, e com a nova constituição brasileira, a Constituição Cidadã de 1988, aconteceu, ainda que de forma lenta, a abertura política brasileira.

Contrariando a vontade popular, as eleições presidenciais de 1984 aconteceu ainda de forma indireta, ou seja, o presidente foi eleito pelo congresso nacional e não pelo povo, mas os candidatos foram civis e não mais militares, fato que não acontecia no Brasil desde 1960 e que já constituiu uma vitória contra o regime militar que terminava por ali, no governo do seu último presidente, João Batista Figueiredo e com a escolha do civil Tancredo Neves para ocupar a presidência da república. Tancredo Neves não chegou a assumir o cargo de presidente, pois faleceu antes da sua posse e o seu vice, José Sarney foi empossado em seu lugar. A tão sonhada eleição direta, só aconteceria em 1989, quando o povo, depois de 29 anos, elegeria de novo um presidente. E Fernando Collor de Melo foi eleito presidente do Brasil naquele ano.

Dessa forma, durante a segunda metade da década de 1970 e durante toda a década de 1980, se desenrolaram os acontecimentos que levaram à reorganização geográfica de Carnaubais e à reorganização política do Brasil.

NOTA HISTÓRICA: CARNAUBAIS E O BIPARTIDARISMO

A terceira e a quarta eleição municipal de Carnaubais aconteceu sob o sistema bipartidário que vigorou durante a ditadura militar, ou seja, os candidatos estavam ligados apenas a dois partidos, a ARENA e o MDB.

O bipartidarismo foi instituído no final de 1965 pelo presidente Castelo Branco através do Ato Institucional Nº 2 (AI-2), apenas alguns meses depois da primeira eleição municipal de Carnaubais. No início de 1966 foram organizados os dois partidos que dividiriam a cena política brasileira nos anos seguintes: o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA). A partir disso, os candidatos da terceira e quarta eleição municipal de Carnaubais, estavam ligados somente a esses dois partidos.

Na eleição de 1972, os dois candidatos que disputaram a prefeitura de Carnaubais, Valdemar Campielo, que foi o vencedor, e João Benevides Sobrinho, pertenciam a ARENA. Já na eleição de 1976, o candidato vencedor, Valdeci Medeiros, pertencia ao MDB, enquanto seu oponente, Giovani Wanderley, pertencia a ARENA.


Na quinta eleição municipal, que teve seis candidatos, apesar da maioria deles estarem ligados ainda a ARENA e ao MDB, que na época podiam lançar mais de um aspirante, houve candidato ligado a outro partido, como foi o caso de Luiz Cavalcante, que disputou a eleição pelo PT. Isso aconteceu porque em 1979 o presidente enviou para o Congresso Nacional a Lei Orgânica dos partidos políticos, que foi sancionada no final daquele mesmo ano e que restabelecia o pluripartidarismo no Brasil. 

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A CONTRUÇÃO DA NOVA CARNAUBAIS

Dentro de duas gestões após a transição da sede do município da várzea para o tabuleiro, a cidade nova foi aos poucos edificada. Por um período de um pouco mais de dez anos, casas, prédios públicos e ruas foram construídos.

A atual prefeitura, assim como o atual mercado público, além da antiga praça central foram erigidos nesse período. Em 15 de outubro de 1978, houve a inauguração, pelo então governador Tarcísio de Vasconcelos Maia, do sistema de eletrificação e do posto telefônico. No dia 22 de agosto de 1980 foi criada, através da Lei Nº 462/80, a Escola Estadual Adalgiza Emídia da Costa. E foi também inaugurado nesse período, já na década de 1980, pelo então governador Lavoisier Maia, o centro de saúde.

No dia 18 de setembro de 1983, através do Projeto de Lei Nº 05/83, do então vereador Aluizio Lacerda foi criada a bandeira do município e oficializado o Hino de Carnaubais que foi composto por Cristóvão Dantas, autor da melodia e João Marcolino de Vasconcelos, conhecido como Lou, que foi o autor da letra.


Assim, com nova sede, nova prefeitura, novo mercado público, nova praça central, novas escolas, o Adalgiza e o Abel, este último construído ainda na segunda gestão de Valdemar Campielo, com a nova eletrificação, além dos postos de saúde e telefônico e além do hino e da bandeira, Carnaubais era uma nova cidade, reerguida após a enchente de 1974.

A QUINTA ELEIÇÃO MUNICIPAL DE CARNAUBAIS

 
       A quinta eleição municipal de Carnaubais foi a que até agora apesentou o maior números de candidatos. Seis pessoas disputaram o pleito. Tinha a chapa formada por José Nazareno do Nascimento, na época o atual vice-prefeito, junto com José Pedro de Moura, a chapa formada por Ponciano Bezerra e Francimário Moura, a que foi formada por Verdi Cortês e Lauro Pelonha, outra que foi composta por Giovani Silva Wanderley com Laércio Lopes Fernandes, ainda outra composta por Tanemberg Barreto e Marlice Campielo e a última composta por Luiz Cavalcante e José Bênio Pinheiro.
               
  A eleição aconteceu no dia 15 de novembro de 1982. A chapa que saiu vitoriosa foi a de Giovani Wanderley (no centro da foto ao lado dos militares) e Laércio Lopes, que assumiram o governo municipal carnaubaense no dia 31 de janeiro de 1983 e governaram até o dia 31 de dezembro de 1988.


Giovani Wanderley teve a incumbência de continuar a construção da cidade nova que já tinha sido iniciada desde a segunda gestão de Valdemar Campielo, passado pela gestão de Valdeci Medeiros e agora se encontrava sob a responsabilidade do seu governo.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

A QUARTA ELEIÇÃO MUNICIPAL DE CARNAUBAIS

Durante o processo de transição da sede do município da várzea para o tabuleiro ocorreu a quarta eleição municipal de Carnaubais. Essa eleição foi diferente das demais, pois contou com três candidatos.

Pela situação concorreu Giovani Silva Wanderley, tendo como candidato a vice Francisco Gomes de Souza. E pela oposição teve Valdeci Medeiros de Moura, que tinha como candidato a vice José Nazareno do Nascimento e Ponciano Bezerra que apontava como seu vice João Domingos Filho.

A eleição aconteceu no dia 15 de novembro de 1976. Saiu vitoriosa a chapa formada por Valdeci (no centro da foto ao lado do militar) e José Nazareno, que assumiram o cargo de prefeito e vice, respectivamente, em 31 de janeiro de 1977, governando Carnaubais até 31 de janeiro de 1983.


Coube a Valdeci Medeiros a continuação da construção da cidade nova. Nesse processo, a maioria dos prédios públicos da antiga cidade foram derrubados para que o material deles fosse utilizado na edificação dos prédios públicos da cidade nova.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

NOTA HISTÓRICA E BIOGRÁFICA: GOVERNADORES CORTEZ PEREIRA E TARCÍSIO MAIA

Na época da cheia de 1974 o govenador do Rio Grande do Norte era José Cortez Pereira de Araújo, mais conhecido como Cortez Pereira. E durante o período de transição da sede do município da várzea para o tabuleiro quem estava governado o nosso estado era Tarcísio de Vasconcelos Mais, chamado de Tarcísio Maia.

Cortez Pereira (foto à esquerda) nasceu em Currais Novos, no dia 17 de Outubro de 1924, filho de Vivaldo Pereira Araújo e Olinda Cortez Pereira. Formou-se em Filosofia e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco. Filiado a ARENA, foi indicado governador do Rio Grande do Norte pelo presidente Emílio Garrastazzu Médici em 1970, governando o RN até 1975. Ele era o governador no momento em que Carnaubais foi alagada pela cheia de 1974. Ele também foi prefeito de Serra do Mel no período de 2000 a 2004, não chegando a concluir o mandato, pois faleceu em 21 de fevereiro de 2004, em virtude de uma pneumonia.

Já Tarcísio Maia(foto à direita) nasceu em Catolé do Rocha, na Paraíba, em 26 de agosto de 1926. Formou-se médico pela Faculdade de Medicina da Bahia. Apesar de ter nascido na Paraíba, fez carreira política no Rio Grande do Norte. Ocupou a Secretaria de Educação na gestão do governador Dinarte Mariz (1955 – 1960) e como deputado suplente ocupou o cargo algumas vezes, como em 1957 e entre 1963 e 1965. Em 1975 foi designado governador do RN pelo presidente Ernesto Geisel, governando até 1979, sendo o governador do período da mudança da sede do município de Carnaubais da várzea para o tabuleiro. Tarcísio Maia faleceu em 10 de outubro de 1988.

          Esses homens ajudaram e contribuíram com o prefeito Valdemar Campielo e com a população carnaubaense na ajuda as famílias atingidas pela cheia e na construção da cidade nova.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

NOTA HISTÓRICA: SOBRE A SUDENE

Para a construção da cidade nova depois que a antiga cidade de Carnaubais foi alagada pela cheia de 1974, o prefeito da época, Valdemar Campielo contou com o apoio da SUDENE – Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste.

A SUDENE foi um órgão criado em 15 de dezembro de 1959 através da Lei Nº 3.692. Ela era uma autarquia subordinada diretamente a Presidência da República. A causa imediata de sua criação foi a seca de 1958 que aumentou o desemprego rural e o êxodo da população.

O objetivo dessa superintendência era promover e coordenar o desenvolvimento da região Nordeste e parte de Minas Gerais através de ações planejadas e intervenções diretas na região a fim de diminuir a diferença que havia entre o Nordeste e o Centro-Sul do Brasil.

Após a enchente de 1974 a SUDENE foi acionada e interveio enviando recursos para a construção dos novos prédios públicos e de algumas casas, a fim de que a população remanescente e a sede de Carnaubais fosse transferida da várzea para o tabuleiro.

A foto do lado direito mostra a escola Abel Alberto da Fonseca recém construída. Essa escola foi edificada no período da transição para a cidade nova. Hoje esse prédio é chamado de centro administrativo e fica próxima a Praça Nelson Gregório.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

A CHEIA DE 1974: O DIVISOR DE ÁGUAS

A jovem cidade de Carnaubais ia completar apenas 11 anos de emancipação política e estava passando pela sua terceira gestão municipal quando foi atingida por um acontecimento que marcaria e mudaria definitivamente a sua história. Esse importante acontecimento foi a enchente de 1974.

Era Abril de 1974, o então prefeito de Carnaubais, Valdemar Campielo, estava há um pouco mais de um ano de sua segunda gestão e toda a região do Vale do Açu estava passando por um inverno forte e rigoroso. Com as abundantes chuvas, o Rio Açu foi enchendo e suas as águas foram avançando sobre a cidade de Carnaubais, inundando os prédios públicos e as casas e sítios dos moradores, que ficaram embaixo d’água por cerca de 19 dias.

Para salvar alguns de seus pertences as pessoas os abrigavam nos prédios mais altos da época, como a Igreja, por exemplo, e depois, por meio de canoas transportava-os para as parte mais alta da cidade, conhecido por tabuleiro. Através das canoas as pessoas também eram levadas para o tabuleiro, para serem abrigadas nas casas de alguns que por lá já moravam.


Por causa dessa cheia, muitos perderam tudo e mudaram-se para outras cidades a fim de recomeçarem suas vidas longe das enchentes. Outros decidiram ficar e recomeçar aqui mesmo tanto suas vidas como a própria cidade.


Depois que as águas baixaram iniciou o período do recomeço e da reconstrução. Mas em 1975, foi tomada uma decisão de reconstruir não mais onde a cidade estava, mas no lugar onde já existia moradores e a população foi anteriormente abrigada, no tabuleiro.

Assim, o prefeito Valdemar Campielo adquiriu apoio do governo do estado, da SUDENE e do Canadá para dar início a construção da nova cidade. Ele contou também com a contribuição da população, pois os proprietários doaram suas terras e os de menores condições participaram ativamente no trabalho de construção.


A enchente de 1974 se tronou, então, um divisor de águas na história carnaubaense, pois, por causa dela, podemos dividir a nossa história em duas fases. A primeira fase vai da formação até a grande cheia, que corresponde a época da Cidade Histórica e a segunda fase vai dá reconstrução de Carnaubais até os dias de hoje, correspondendo a época da cidade nova.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O COMEÇO DA URBANIZAÇÃO DE CARNAUBAIS

Dentro das três primeiras gestões municipais após a emancipação política a urbanização da jovem cidade de Carnaubais foi sendo construída. As duas administrações de Valdemar Campielo intercaladas pela administração de Teixeirinha foram responsáveis por essas obras.

Foi durante os mandatos de Valdemar Campielo que foram construídas a prefeitura e a câmara municipais (ambas na década de 1970), o mercado público, a escola municipal Abel Alberto da Fonseca (em 03 de março de 1965) e a praça da cidade, além de algumas escolas das comunidades, o mercado da comunidade de Logradouro, a escola Abel que se encontra próxima a Praça Nelson Gregório e o cemitério que atualmente se encontra próximo ao Frutivila. E durante o governo de Teixeirinha foi inaugurada a energia elétrica de Carnaubais (em 13 de março de 1972) e o chafariz para a distribuição de água da cidade.


Sendo assim, foi através da administração desses dois homens que a urbanização da jovem cidade começou a ser construída e aos poucos ela foi deixando de ser um distrito rural para ganhar contornos de cidade. Apesar de terem sido poucas obras, mas elas foram importantes para a época e foi o começo de uma cadeia de realizações que foi passando pelas mãos de outros administradores e pelas mãos de trabalhadores simples que construíram e reconstruíram  Carnaubais.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A TERCEIRA ELEIÇÃO MUNICIPAL DE CARNAUBAIS

A terceira eleição municipal de Carnaubais ocorreu em 15 de novembro de 1972. Naquela ocasião concorreram o ex-prefeito Valdemar Campielo, pela oposição, e seu ex-vice João Benevides, pela situação, apoiado por seu primo, o então prefeito de Carnaubais, João Teixeira Filho. Valdemar e João Benevides haviam se desentendido ainda no primeiro mandato.


Ao abrir das urnas, Valdemar Campielo foi eleito o novo prefeito de Carnaubais, tendo como vice Manoel Alves do Nascimento. Valdemar foi o primeiro prefeito a ser eleito para um segundo mandato. Ele tomou posse em 31 de Janeiro de 1973 e governou Carnaubais até 31 de Janeiro de 1977.

Acima temos uma foto da chapa vencedora na eleição de 1972, destacando os candidatos e o partido que eles faziam parte.