terça-feira, 10 de novembro de 2015

A CHEIA DE 1974: O DIVISOR DE ÁGUAS

A jovem cidade de Carnaubais ia completar apenas 11 anos de emancipação política e estava passando pela sua terceira gestão municipal quando foi atingida por um acontecimento que marcaria e mudaria definitivamente a sua história. Esse importante acontecimento foi a enchente de 1974.

Era Abril de 1974, o então prefeito de Carnaubais, Valdemar Campielo, estava há um pouco mais de um ano de sua segunda gestão e toda a região do Vale do Açu estava passando por um inverno forte e rigoroso. Com as abundantes chuvas, o Rio Açu foi enchendo e suas as águas foram avançando sobre a cidade de Carnaubais, inundando os prédios públicos e as casas e sítios dos moradores, que ficaram embaixo d’água por cerca de 19 dias.

Para salvar alguns de seus pertences as pessoas os abrigavam nos prédios mais altos da época, como a Igreja, por exemplo, e depois, por meio de canoas transportava-os para as parte mais alta da cidade, conhecido por tabuleiro. Através das canoas as pessoas também eram levadas para o tabuleiro, para serem abrigadas nas casas de alguns que por lá já moravam.


Por causa dessa cheia, muitos perderam tudo e mudaram-se para outras cidades a fim de recomeçarem suas vidas longe das enchentes. Outros decidiram ficar e recomeçar aqui mesmo tanto suas vidas como a própria cidade.


Depois que as águas baixaram iniciou o período do recomeço e da reconstrução. Mas em 1975, foi tomada uma decisão de reconstruir não mais onde a cidade estava, mas no lugar onde já existia moradores e a população foi anteriormente abrigada, no tabuleiro.

Assim, o prefeito Valdemar Campielo adquiriu apoio do governo do estado, da SUDENE e do Canadá para dar início a construção da nova cidade. Ele contou também com a contribuição da população, pois os proprietários doaram suas terras e os de menores condições participaram ativamente no trabalho de construção.


A enchente de 1974 se tronou, então, um divisor de águas na história carnaubaense, pois, por causa dela, podemos dividir a nossa história em duas fases. A primeira fase vai da formação até a grande cheia, que corresponde a época da Cidade Histórica e a segunda fase vai dá reconstrução de Carnaubais até os dias de hoje, correspondendo a época da cidade nova.

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